Desde o começo de março, muitos condomínios adotaram medidas restritivas a fim de evitar o contágio entre os moradores. As áreas comuns foram fechadas, festas foram proibidas, além do controle mais rigoroso com visitantes e prestadores de serviços.
Porém, muitos setores, dentre eles os condomínios, passaram a adotar medidas de flexibilização, e isso vem gerando muita polêmica e tirado o sono de muitos síndicos.
Isso porque, os números de contágio pelo país não têm diminuído como o esperado, e preocupam grande parte dos moradores de condomínios, que acham que ainda não é o momento para flexibilizar.
Por outro lado, existe uma parcela que não concorda com o fechamento das áreas comuns, e é favorável a flexibilização, alguns até mesmo entraram com pedidos judiciais para voltarem a usar as áreas de lazer do prédio.
Essa polarização ganhou contornos ainda mais fortes na última sexta-feira (19), quando a PL 1.179/2020, foi aprovada pelo presidente, mas teve alguns artigos vetados, artigos que davam autonomia para o síndico de adotar restrições nos condomínios, sem necessidade de assembleia.
Mesmo que o síndico não tenha o poder da decisão, ele não pode ficar omisso diante da situação, cabendo a ele zelar pela saúde e bem estar dos moradores dentro do condomínio.
Uma assembleia (virtual) deve ser convocada, para que seja definido se haverá reabertura das áreas. Independente do resultado, ambas as situações devem ter regras, limites e penalidades bem definidos, para que a decisão da maioria seja respeitada de forma segura.
Dica
Muitos gestores tem declarado suas dificuldades na hora de fazer uma assembleia virtual, principalmente em condomínios com muitos idosos, que não possuem grande afinidade com a tecnologia.
Uma dica para o síndico é, faça a ATA da assembleia contendo todos os assuntos a serem tratados e apresente aos condôminos, seja por e-mail, grupo de mensagens dos moradores, aplicativo do condomínio ou até mesmo impresso.
Defina a data e deixe uma urna, juntamente com o livro de presença, no balcão de entrada para que seja depositado os votos dos moradores. Dessa forma, todos podem votar sem criar aglomerações.